Realidade virtual leva alunos de volta às Missões Jesuíticas

Um projeto desenvolvido pelo mestrando Renato Júnior, do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada da Unisinos, está usando a realidade virtual para levar alunos de volta às Missões Jesuíticas. A aplicação desenvolvida pelo mestrando permite que crianças de 4º ano do ensino fundamental visitem as ruínas históricas de São Miguel das Missões sem sair da sala de aula.

Renato, que também é professor de História, explica que a ideia do projeto surgiu da dificuldade que muitas crianças têm de compreender como funcionavam as reduções jesuíticas. “Através da realidade virtual, é possível trazer as ruínas até os alunos, como também é possível voltar no tempo e demonstrar como funcionavam as reduções naquele momento histórico”, afirma o mestrando.

O projeto recebeu menção honrosa no 25th Symposium on Virtual and Augmented Reality – SVR 2023. Atualmente, o protótipo da aplicação conta com imagens do local capturadas com uma câmera 360º. A previsão é que a aplicação esteja pronta para ser testada em turmas do 4º ano do Colégio Anchieta em 2024.

O professor da Escola Politécnica e orientador do projeto, Vinicius de Souza, considera muito importante o uso das novas tecnologias na educação. “As novas tecnologias oferecem novas possibilidades de aprender e ensinar, como é o caso da Realidade Virtual. A RV permite experiências imersivas em diferentes contextos, permitindo, por exemplo, que os alunos visitem lugares distantes, viagem por dentro do corpo humano ou voltem no tempo sem precisar sair da sala de aula”, afirma Vinicius.

Aplicação permite interação com objetos e personagens históricos

Além de permitir que os alunos naveguem livremente pelas ruínas, a aplicação também permite que eles interajam com objetos e personagens históricos. Por exemplo, os alunos podem tocar em objetos cotidianos da época, como utensílios domésticos ou instrumentos musicais. Também podem conversar com personagens históricos, como padres jesuítas ou indígenas.

Renato explica que a interação com objetos e personagens históricos é uma das principais características da aplicação. “Acreditamos que essa interação é fundamental para que os alunos tenham uma experiência mais completa e significativa”, afirma o mestrando.

Projeto pode ser expandido para outras escolas

Após ser testada no Colégio Anchieta, a aplicação pode ser expandida para outras escolas. Renato explica que o projeto é de código aberto, o que significa que qualquer pessoa pode usá-lo ou adaptá-lo para atender às necessidades específicas de sua escola.

“Acreditamos que esse projeto tem potencial para revolucionar o ensino sobre as Missões Jesuíticas”, afirma Renato. “A realidade virtual pode tornar o aprendizado mais envolvente e significativo, ajudando os alunos a compreender melhor esse importante período da história brasileira.”

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